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31 março 2005

Um pouco de imagens inúteis

Coisas feias
- sandália de plástico pink (bico fino)
- minissaia com bota cano alto

Coisas engraçadas
- madame tropicando com salto muito alto
- alunos pedindo que a média da universidade passe para 5,0 na avaliação institucional

Coisas tristes
- trabalhar ouvindo Reação em Cadeia

30 março 2005

Vontade de potência

....Li um texto ontem sobre a vontade de esganar algumas pessoas. É engraçado. Não o esganar, mas o querer esganar. Confesso que já desejei coisas bem mais cruéis do que esganar, do tipo furar a pessoa com um monte de pregos, cortar o cabelo (isso vale para mulheres, ok?), jogar ovo. Trago lindas recordações de minhas vinganças de criança, quando tudo era bonito e eu ainda tinha cara de anjinho.

....Duas das pessoas que mais sofriam com minha criatividade em aprontar era a Janine Giovanela e a Michele Altenhofen (que agora está no RJ e deve ler este texto hoje ainda....). Lembro que a Michele foi ódio à primeira vista. Não sei por que, mas nos detestamos de cara, sem nem trocarmos um “oi”. Eu achava ela uma pati desengonçada e ela me achava um gurizinho enrustido. Durante um filme, lembro que sentei atrás da criatura e enchi o cabelo dela (na época até a cintura) de cola. Sim, cola tenaz, aquelas branquinhas. No outro dia, ela toda indignada procurava o culpado, já me acusando pela fama de pestinha. Depois, acabamos grandes amigas. Mas a Janine deve me odiar até hoje....

....Foi num dia quente, em sala de aula, que eu peguei o estojo da Janine e joguei na cabeça do meu colega, que sentava na janela. Na época, o prédio 3 da UNIVATES (sim, eu estudo aqui desde o ensino fundamental, sou patrimônio da Instituição) estava sendo construído e era rodeado por barro vermelho. Para meu azar, o estojo bateu na cuca do animal e caiu janela abaixo. Ameaçada ser entregue à direção, aceitei ir buscar o estojo e limpá-lo em troca do silêncio dos colegas. Ao contornar o prédio para buscar o objeto de desgraça, meus colegas, todos pendurados na janela, gritavam meu nome e jogavam papéis, achando o máximo eu lá embaixo no barro. Foi quando me virei e abaixei as calças, mostrando e balançando a bunda para eles. Foi tanta gritaria que a escola toda se apoiou nos vidros para ver o que acontecia.

....Minha mãe nem imagina que eu fazia este tipo de coisa, sempre fui uma santa perante os professores. Não piava, não incomodava, era um anjo. Na verdade, aprontei poucas coisas na vida, mas como sou exagerada, tudo o que eu fiz foi babilônico. Isso quando criança. A idade adulta tem dessas coisas, o máximo que consegui fazer nos últimos tempos foi comprar recarregador de chiclete e brigar com cachorros na rua....uff.

29 março 2005

Vida de cão

....Nesta segunda à noite fui saborear massa caseira na chácara do pai da minha amiga Mariel. Saímos explodindo de lá (interior de Estrela). A Mariel dirigindo sua motoneta e eu na carona, uma cena no mínimo engraçada. Eis que do silêncio da noite surgem dois cães ferozes. E eles começam a latir...a correr atrás de nós! Mariel grita por deus. Eu, num quase instinto, começo a latir também. Sim, isso mesmo, começo a ladrar como uma pincher desgovernada. Num primeiro momento os cães se assustam, parecem até pasmos com a reação inesperada da vítima. No meio da noite, por alguns poucos instantes, só escuto os meus latidos. Mas logo as feras percebem que tudo não passa de um blefe e retomam as agressões verbais. Ou melhor, verbais não, latiais. Mesmo com as cordas vocais abaladas, afinal não é todo o dia que eu ladro, continuei a retrucar as ofensas até eles pararem e se convencerem de que ali havia uma mulher que não leva desaforo para casa. Foi um ato de coragem. Não conseguimos parar de rir até chegar em casa.

Coluna do Paulo

Maldades da Malvada

....Já deve ter te acontecido também: você está numa festa e vê uma porção de amigos, mas de repente você cruza com uma pessoa que você gosta muito, daquelas que é agradável estar junto. Só que esta pessoa finge que não te vê (sim, você sabe que ela te viu), dá as costas, e passa a festa toda como se você não existisse.

....E se você acha que foi engano, só digo que não foi só uma vez. A autora desse blog já arriscou a dizer uma vez, que o único sentimento que fica de fora do imenso sentido de amar é a indiferença. E não há nada que pode ser pior a um inimigo do que a indiferença, o que dirá a um amigo. Tudo bem, devo estar exagerando... Hoje estou amargo mesmo. Mas quem nunca teve um dia desses? Não sei quando vou escrever a próxima coluna, estou de mal com a Malvada. Mas ainda há salvação... mas sem manual de desculpas.

Paulo

28 março 2005

As dúvidas da segunda

....Se o mundo fosse do tamanho do nosso umbigo será que então entenderíamos ele? Se não fôssemos do tamanho do nosso umbigo será que ainda precisaríamos entender o mundo?

23 março 2005

Chega de sandices

....Minha mãe me deu um ultimato ontem: “chega de sandices, pára de falar bobagens e trate de cuidar do teu enxoval!”. Enxoval? Ah, tenha dó, posso até parar de falar bobagem, o que já seria uma vitória, mas gastar meu tempo livre com enxoval? Jesuis amado e cristinho, há muito não escutava a palavra enxoval. Poderiam ter inventado uma palavra mais bonita, que coisa horrorosa. Enxoval parece com enxovalhar, enxotar, para não dizer palavrão.

...Outra palavra que não me conformo é repolho. Caralho, repolho é medonho, às vezes fico até sem vontade de comer depois de pronunciar: “me passe o repolho”. Repolho me lembra pulha.

....Ainda no ranking das piores palavras, mas na categoria derivações da língua mãe, está miguxa. Credo, miguxa é de matar, não é não? Uma mistura de Xuxa com xixi e com comigo. Quem inventou o icq deve estar pagando caro por ter lançado sobre a humanidade a praga da língua paralela. Aliás, paralela e paralelepípedo são outras palavras que não entendo por que inventaram.

....Mas a pior de todas, a mais tenebrosa, a mais mais, é mexilhão. Que nojento! E o pior é que a aparência da criatura não ajuda nem um pouco a amenizar sua denominação. Mexilhão é uma palavra, no mínimo, esdrúxula, como na crônica de Luís Fernando Veríssimo. Vocês lembram não? Não tem quem não leu aquela crônica do esdrúxula...

21 março 2005

Destino

....Não é falar mal, mas algumas pessoas realmente não sabem por que vieram ao mundo....

18 março 2005

Chiclé: não é recarregável mas faz milagres

....Quando eu digo que não existe salvação vocês dão as costas, né???

Empresa lança no Japão chiclete que aumenta seios

Uma empresa lançou no Japão um chiclete que ela diz ser capaz de aumentar os seios. Segundo a companhia japonesa, a goma de mascar libera gradualmente substâncias que seriam capazes de enrijecer e aumentar os seios. A principal delas é uma erva conhecida como "pueraria mirifica", vendida também em forma de pílulas, spray ou creme para os seios em outros países asiáticos, como a Tailândia.

Um pote com 200 chicletes cor-de-rosa no sabor morango é vendido pelo equivalente a R$ 52. O Bust-Up Gum foi um dos destaques de uma feira de produtos de beleza e saúde no Japão, a Tokyo Health Industry Show.

Segundo o diário britânico "The Times", o chiclete Bust-Up foi "um sucesso imediato entre as mulheres de Tóquio". "A companhia fabricante recebeu milhares de encomendas e tem planos de começar a vender o produto em lojas de conveniência."

"Diferentemente de outros suplementos alimentares tomados por meio de pílulas uma vez por dia, o chiclete vai bombardeando o seu sistema constantemente, restauranEmpresa lança no Japão chiclete que aumenta seiosEmpresa lança no Japão chiclete que aumenta seiosdo o tecido muscular que mantém os seios saudáveis", declarou ao "Times" uma porta-voz da empresa. Empresa lança no Japão chiclete que aumenta seiosEmpresa lança no Japão chiclete que aumenta seios.

Fonte: Terra.


....Agradeço a contribuição do colunista Paulo.

17 março 2005

Manual de Desculpas Malvadas

>Mais um capítulo em nossas vidas...

....O manual desta edição destina-se a discutir a irritabilidade humana e a melhor maneira de atingir o pleno êxito ao incomodar alguém. A primeira regra, como tudo na vida, é focar o sujeito a ser tirado do seu estado natural de humor e analisar seus defeitos. Ninguém gosta de seus defeitos, e admití-los em público é a pior coisa que pode acontecer.

....Escolha a dedo os espectadores que testemunharão o ataque. Uma boa dica é a ironia, ninguém suporta ironia. Ou porque não entende, ou porque é difícil pensar rápido para se defender de uma. Acusar defeitos com ironia é o prato ideal para quem procura uma boa briga ou um belo beiço.

....Mas não esqueça que tudo o que fazemos, de algum modo, volta. Hoje a maçã, amanhã a flecha. Então cuide de seus inimigos, não procure gente grande demais. Nem faça coisas dantescas. Em contrapartida, o veneno em doses baixas pode ser antídoto. Então o manual de desculpas malvadas adverte: só tente irritar alguém se você for: forte o suficiente, suave o bastante, e esteja embaixo de um braço bem forte

16 março 2005

Representar é preciso

....Delícia fazer teatro. Entrei num grupo este ano. Minha experiência nas artes cênicas são limitadíssimas: no ensino médio fiz a peça “Lisístrata”, de Aristófanes. Tá certo que não consegui assistir ao vídeo do teatro, pois não aguentava ouvir minha voz. Pode? Não, não pode. Irritar-se com o próprio timbre da voz é de morrer. Coitado do público, ainda mais coitado por eu ser a Lisístrata e ter a maior parte das falas.

....Na nova peça, “As Preciosas Ridículas”, de Molière, novamente fiquei de protagonista, mas desta vez, não foi por meus dotes artísticos ou pelos meus belos olhos verdes. Foi pela minha voz esganiçada. A professora falou assim ó: “Elise, tu vai ficar divina de Magdelon, se tu puder esganiçar ainda mais tua voz, vai ser lindo”. Pode? Não, não pode.

....Ainda bem que sou muito receptiva a críticas e me matei de rir da situação. Ela, como foi minha professora durante todo o ensino médio e ainda é em algumas cadeiras eletivas da faculdade, sabia que poderia me falar qualquer coisa. Mas foi uma situação no mínimo inusitada, todo o grupo ficou olhando apavorado, pensando que dali sairia um quebra pau, uma vez que tenho a fama, injusta por sinal, de ser uma mulher muito brava.


....Se na vida real muitas vezes é difícil representar, no palco faço o possível. É incrível a sensação de se estar vivendo outra pessoa, de tentar pensar como o personagem pensaria. Jamais terei a pretensão de ser uma atriz, muito pelo contrário, o amadorismo é mais fascinante que o profissional, sempre foi, mas não é hora de discutir os meus porquês. Representar é um prazer.

15 março 2005

Respingos

....Quanto tempo esperando por um dia de trabalho chuvoso, plantas molhadas, barra da calça suja de barro, respingos de poças d'água. Os chuvosos sempre são meus melhores dias. Depois de tanta abstinência, devo admitir que não estava mais conseguindo organizar os pensamentos de tantas lamentações e choramingos que ouvia de parentes e amigos e de suas roças secas. Vontade de correr na chuva.

13 março 2005

Amor por encomenda

....Na falta de assunto, pedi a um amigo o que ele gostaria de ler no SS. A resposta veio: amor. Amor? God! Não lembro de ter escrito algo a respeito nos últimos 15 anos da minha vida. Amor? E ainda por cima pediu que eu o surpreendesse. Não prometi nada a não ser o tal amor.

....Inútil discutir o conceito de algo tão abrangente como um dos sentimentos mais venerados e importantes da humanidade. Arriscaria dizer que o amor engloba quase todos os outros. Solidariedade, de certa forma, é amor. Assim como pena, saudade, e até ódio. A própria inveja não deixa de ser amor, amor pelo que não podemos ter. Arriscaria ainda dizer que o único sentimento que fica de fora do imenso sentido de amar é a indiferença. Mas existem alguns amores que superam questionamentos.

....Por que continuamos amando quem já morreu? Alguns amores continuam em nossas lembranças e parece que nunca diminuem ou acalmam. Ao contrário do que todos dizem: que a distância e o tempo curam qualquer dor de amor, o amor por quem já se foi não aceita consolações. Jamais nos perdoaremos do amor que não foi demonstrado, do carinho não dado, do abraço não apertado, da palavra calada, da lágrima reprimida que hoje não tem mais sentido. Eu falo com meus amores mortos. Quando estou sozinha sempre lembro deles e sei que cada lembrança continua intacta. Faz nove anos que meu pai faleceu e ainda lembro dos olhos dele, do azul profundo e transparente, um lindo olhar, sem dúvidas. Mesmo sem amor seria um belo olhar. Quando me olho, vejo um pouco dele. Quando choro, sinto um pouco dele.

....São amores que jamais pedirão conceitos, que jamais se explicarão ou terão fundamento. Amores que existem sozinhos, não precisam de nada para continuar vivos, a não ser de lembranças, que não se deixam esquecer. Estranho amar alguém tanto tempo. Sempre acreditei em ciclos. Amar quem não mais se vê, se toca, se cheira, apenas se sente. Acho que é nisso que está a magia da vida, nos amores incondicionais. Naquilo que não podemos explicar. Esta semana um amigo perguntou como saber por que amamos alguém, e não há como saber, nunca a humanidade terá as respostas para as coisas que realmente importam. Deve ser por isso que a natureza é sábia. Por isso jamais saberemos o que realmente é o amor.

11 março 2005

Os Malvados

Bem, é a vida....

06 março 2005

Olhai por nós, os pequeninos

....Me viciei nas colunas de opinião do jornal local da minha cidade (óhhh!). Leio quase todos os dias. É difícil acreditar que alguém diplomado consiga escrever aquilo. Mais difícil ainda acreditar que algum editor publique. Mais inexplicável alguém ler todo o dia. Mas é a vida. Acho incrível como algumas pessoas não têm resistência alguma em queimar seu filme. Escrever sobre como a vida é linda, ou sobre como devemos ver as boas coisas. Acho que essa gente não anda bem da cabeça. Nem eu. Ah, claro, monopolizando o mercado, com certeza eles não têm muitos motivos para serem infelizes. Não venham com essa história de que o dinheiro não traz felicidade. Com uns pila para viajar à Europa todo o ano eu também seria menos estressada. Aliás, tem gente que se diz tão melhor, tão superior intelectualmente, tão fora do sistema capitalista que precisa roubar cerveja de outros idiotas para fazerem festa. Fodam-se. Bando de hipócritas. No fundo, todos somos iguais mesmo, nunca foi tão claro.

....Voltando ao jornal, o fato é que neste sábado a quota de sanidade acabou. A rasgação de elogios chegou a um nível intolerável. Antes era até divertido ler aquelas merdas (quem mora em Lajeado sabe do que estou falando), mas sábado foi medonho. Quem tiver a chance, por favor, leia aquilo. Não bastasse isso, na edição de sexta do mesmo jornal tivemos que agüentar a desculpa do isolamento social de alguns: a alta seletividade. Oras, fazer parte da elite intelectual te torna seleto nas amizades, por isso o isolamento. Vão plantar mandioca, é o que minha mãe diria. As pessoas estão loucas, fora da casinha. Isso não é nem mais arrogância, já é afetação. Pelamordedeus, instalem simancol nos seres humanos, estamos cada vez mais insuportáveis.