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30 março 2005

Vontade de potência

....Li um texto ontem sobre a vontade de esganar algumas pessoas. É engraçado. Não o esganar, mas o querer esganar. Confesso que já desejei coisas bem mais cruéis do que esganar, do tipo furar a pessoa com um monte de pregos, cortar o cabelo (isso vale para mulheres, ok?), jogar ovo. Trago lindas recordações de minhas vinganças de criança, quando tudo era bonito e eu ainda tinha cara de anjinho.

....Duas das pessoas que mais sofriam com minha criatividade em aprontar era a Janine Giovanela e a Michele Altenhofen (que agora está no RJ e deve ler este texto hoje ainda....). Lembro que a Michele foi ódio à primeira vista. Não sei por que, mas nos detestamos de cara, sem nem trocarmos um “oi”. Eu achava ela uma pati desengonçada e ela me achava um gurizinho enrustido. Durante um filme, lembro que sentei atrás da criatura e enchi o cabelo dela (na época até a cintura) de cola. Sim, cola tenaz, aquelas branquinhas. No outro dia, ela toda indignada procurava o culpado, já me acusando pela fama de pestinha. Depois, acabamos grandes amigas. Mas a Janine deve me odiar até hoje....

....Foi num dia quente, em sala de aula, que eu peguei o estojo da Janine e joguei na cabeça do meu colega, que sentava na janela. Na época, o prédio 3 da UNIVATES (sim, eu estudo aqui desde o ensino fundamental, sou patrimônio da Instituição) estava sendo construído e era rodeado por barro vermelho. Para meu azar, o estojo bateu na cuca do animal e caiu janela abaixo. Ameaçada ser entregue à direção, aceitei ir buscar o estojo e limpá-lo em troca do silêncio dos colegas. Ao contornar o prédio para buscar o objeto de desgraça, meus colegas, todos pendurados na janela, gritavam meu nome e jogavam papéis, achando o máximo eu lá embaixo no barro. Foi quando me virei e abaixei as calças, mostrando e balançando a bunda para eles. Foi tanta gritaria que a escola toda se apoiou nos vidros para ver o que acontecia.

....Minha mãe nem imagina que eu fazia este tipo de coisa, sempre fui uma santa perante os professores. Não piava, não incomodava, era um anjo. Na verdade, aprontei poucas coisas na vida, mas como sou exagerada, tudo o que eu fiz foi babilônico. Isso quando criança. A idade adulta tem dessas coisas, o máximo que consegui fazer nos últimos tempos foi comprar recarregador de chiclete e brigar com cachorros na rua....uff.