Vida de cão
....Nesta segunda à noite fui saborear massa caseira na chácara do pai da minha amiga Mariel. Saímos explodindo de lá (interior de Estrela). A Mariel dirigindo sua motoneta e eu na carona, uma cena no mínimo engraçada. Eis que do silêncio da noite surgem dois cães ferozes. E eles começam a latir...a correr atrás de nós! Mariel grita por deus. Eu, num quase instinto, começo a latir também. Sim, isso mesmo, começo a ladrar como uma pincher desgovernada. Num primeiro momento os cães se assustam, parecem até pasmos com a reação inesperada da vítima. No meio da noite, por alguns poucos instantes, só escuto os meus latidos. Mas logo as feras percebem que tudo não passa de um blefe e retomam as agressões verbais. Ou melhor, verbais não, latiais. Mesmo com as cordas vocais abaladas, afinal não é todo o dia que eu ladro, continuei a retrucar as ofensas até eles pararem e se convencerem de que ali havia uma mulher que não leva desaforo para casa. Foi um ato de coragem. Não conseguimos parar de rir até chegar em casa.
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