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06 março 2005

Olhai por nós, os pequeninos

....Me viciei nas colunas de opinião do jornal local da minha cidade (óhhh!). Leio quase todos os dias. É difícil acreditar que alguém diplomado consiga escrever aquilo. Mais difícil ainda acreditar que algum editor publique. Mais inexplicável alguém ler todo o dia. Mas é a vida. Acho incrível como algumas pessoas não têm resistência alguma em queimar seu filme. Escrever sobre como a vida é linda, ou sobre como devemos ver as boas coisas. Acho que essa gente não anda bem da cabeça. Nem eu. Ah, claro, monopolizando o mercado, com certeza eles não têm muitos motivos para serem infelizes. Não venham com essa história de que o dinheiro não traz felicidade. Com uns pila para viajar à Europa todo o ano eu também seria menos estressada. Aliás, tem gente que se diz tão melhor, tão superior intelectualmente, tão fora do sistema capitalista que precisa roubar cerveja de outros idiotas para fazerem festa. Fodam-se. Bando de hipócritas. No fundo, todos somos iguais mesmo, nunca foi tão claro.

....Voltando ao jornal, o fato é que neste sábado a quota de sanidade acabou. A rasgação de elogios chegou a um nível intolerável. Antes era até divertido ler aquelas merdas (quem mora em Lajeado sabe do que estou falando), mas sábado foi medonho. Quem tiver a chance, por favor, leia aquilo. Não bastasse isso, na edição de sexta do mesmo jornal tivemos que agüentar a desculpa do isolamento social de alguns: a alta seletividade. Oras, fazer parte da elite intelectual te torna seleto nas amizades, por isso o isolamento. Vão plantar mandioca, é o que minha mãe diria. As pessoas estão loucas, fora da casinha. Isso não é nem mais arrogância, já é afetação. Pelamordedeus, instalem simancol nos seres humanos, estamos cada vez mais insuportáveis.