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07 novembro 2009

conta outra

....Lá perto tem um piá de 9 anos que tá na segunda. Ele não entende muito de ler mas sabe tudo de vaca, galinha, plantação e tá dando uma baita mão para nós, dois gaúchinhos de apartamento (como chamam os metidos a ginetes sem experiência na lida do campo). Esses dias ele perguntou o que eu fazia. Entre tantas coisas que falei ele perguntou: "e quando tu tem tempo pra brincar com os cavalos?". Eu olhei bem séria para ele e falei: "gente grande é bicho estranho, melhor não entender".

....Fiz um curso de horsemanship dia desses. Mas olha, não tenho talento para domar ou trabalhar cavalos, isso eu já vi. Mas, como também não tenho muito talento para fotografia e me dei bem, não tenho tanto talento para marketing e assessoria de imprensa e me dei bem, resolvi me meter. Olha, sinceramente, hoje, acho que o talento não é decisivo não. A força de vontade é bem mais decisiva no mercado de trabalho. Eu vejo todo o dia pessoas super talentosas não conseguirem avançar no caminho. Em todas elas, um traço em comum: ou são deitadas, ou irresponsáveis, ou acham que apenas ter talento basta. Infelizmente a gente vive numa guerra, na qual se dará bem aqueles que realmente forem à luta, buscarem apoio de todos os lados. E se dar bem não é ganhar um bom salário...ou ao menos não somente isso. No início da minha carreira e dos meus estudos, quando eu escutava um professor falar que quem era bom conseguia bons cargos, eu duvidava muito, visto a injustiça que vemos por aí acontecendo todos os dias em todas as esferas da vida. Mas hoje, dentro da experiência que eu vivo e tenho, e das coisas que eu vejo, eu diria mais que isso: os bons profissionais sim, conseguem. E os esforçados conseguem mais que os talentosos. E sucesso é para mim estar realizado dentro dos objetivos que nos propomos, desde que os mesmos sejam condizentes com nossos valores e merecimento.