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19 junho 2006

E tudo isso foi no mês que vem

"Vou andei...E me chegando assim te cercarei
Digo, aqui tô eu...Que te amo e às tuas pernas quero bem
Já que estamos nós...Te sugeri-me então o que fazer
Claro que eu beijei....Ao tendo o que outro alguém não quis."
Vitor Ramil



...Um abraço apertado marcou o reencontro. Não foi planejado, mas naquela manhã trocaram mensagens e ela, em tom de brincadeira, disse o quanto a beleza dele era perturbadora. Ele contou de seus casos mal sucedidos, ela explicou pela milésima vez que não estava namorando. Conversas bêbadas, gostosas, risadas discretas. Ele estava saindo quando ela chegou. O abraço apertado. "Você já vai?" sussurrou ela, num quase miado, como sempre faz quando está com álcool no corpo. "Eu logo volto", respondeu ele, ainda apertando o corpo dela. O cheiro do cabelo dele fez com que ela fechasse os olhos e sentisse o abraço ainda mais forte. Dez minutos, ele voltou. Sentou-se ao lado dela e esperou pacientemente ela terminar uma conversa com um amigo que estava por perto. Risadas gostosas, conversas sobre a vida. Fazia tempo que os dois não se falavam. Ela sabia que não poderia ficar ali muito tempo, ele era a perdição dela. E aquela não era a melhor hora de se envolver com ele novamente. "Preciso ir, beibi". levantou-se, colocou o casaco e deu um beijo no rosto dele. Ao se aproximar, os olhos perderam-se e a maciez da boca dele encontrou a dela. Foi rápido, um instante de beijo, mais um abraço apertado. No final, sem arrependimentos, ela pensou: "o beijo mais macio por uma ponta de culpa", afinal, ela tinha mesmo namorado.