Free Image Hosting by www.randomcrap.net

26 maio 2006

O fabuloso destino de Amélia

....Caminhar e ver rostos passando tão distantes quanto suas últimas lembrança de alegria. Vergonha e culpa por fazer parte disto tudo e ver que o tão pouco que se faz é muito pouco perto do que teríamos força pra fazer. É indiferente hoje passar por estes rostos, vê-los no chão ou enfiados em alguma lixeira. Ninguém mais liga. É tudo normal. Falar sobre isso virou um clichê tão batido que o óbvio seria comemorar a saúde que temos. E é isso o que a minoria faz. O resto, a maioria-resto, passa o dia pensando em coisas mais pessimistas, mas ainda mais longe dos rostos tristes que cada dia se multiplicam. E a gente convive com a fome e com o frio e abraça campanhas. Donativos que curam a alma. A nossa. A de mais ninguém. Eu não tenho pena. Eu tenho culpa, remorso e vergonha. E isso é clichê.