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04 janeiro 2006

O dia em que quase fui expulsa de casa

...Não sei quem é mais debochado: eu ou meu irmão. E minha mãe, tadinha, com 47 anos nas costas ainda não percebeu isso e cai em todas as piadinhas que a gente prega. Uma das mais sarcásticas aconteceu ontem pela manhã. Foi a única vez que eu levei até o fim e a primeira que ela percebeu e ficou puta da cara. Estava eu sentada no trono quando ela invade o banheiro, com aquele jeito espalhafatoso que por desgraça eu herdei:

- Elize? (minha mãe escreve meu nome errado, não sei se vocês lembram)
- hmm?
- O que tu tá fazendo?
- Tomando banho no vaso
- ãh?
- É. Não tá vendo?
ela fingiu que não ouviu pois não entendeu e continuou:
- Tu tá com a minha chave?
- Não.
- Tu tá com a tua, entao?
- Sim
- Mas tu não pegou a minha chave?
- Sim, mãe. Eu peguei a tua chave e tô com a minha.
- Mas por que tu fez isso?
- Por que eu gosto de pegar a tua chave e ficar com duas.
- Mas por que?
- É legal te ver trancada fora de casa.

Ela ficou indignada comigo por eu estar com as duas chaves e saiu batendo porta. Eu não acreditava no que tinha acontecido. Ela realmente teria pensado que eu falei sério? Não deu nem tempo de responder mentalmente minha pergunta e ela volta, furiosa, esbaforida de tão brava:

- Tu não pegou a minha chave coisa nenhuma!
- Mas é óbvio que não, mãe! O que eu faria com a tua chave?
- Isso foi uma brincadeira?

....Ela ficou olhando bem séria pra mim. Eu comecei a rir enlouquecidamente. Juro, ainda bem que eu tava no vaso, caso contrário teria me mijado toda. Eu ri muito, mesmo. Ela só voltou a dirigir a palavra à minha pessoa hoje de manhã, depois de eu ter mimado ela e jurado não fazer mais brincadeiras, contanto que ela só perguntasse as coisas uma vez. Não sei quem vai quebrar o contrato primeiro, mas com certeza, o mesmo não dura dois dias!