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04 julho 2005

Engodos de sábado à noite

...Sábado à noite. Meia noite. Saio com meu irmão e sua namorada. O destino: inauguração de uma pastelaria em Estrela. O quadro da dor. Max Lima tocou algumas baladas românticas. O público: um monte de véias vestidas para matar, literalmente atoladinhas. Estava entrando em depressão, quando o tal Lima pára de tocar e a dona da pastelaria coloca um puta pagodão na fita. As véias enlouquecem. Cantam e dançam como gazelas ensandecidas. Pareciam estar chapadas de boletas. Aliás, estavam. Outra coisa não justificaria aquele espetáculo bizarro. Ressalto a atenção para duas delas: uma, devia ter uns 55 anos, manequim 48 sendo que a calça jeans branca devia ser uma 42, pois ela nem conseguia se mexer dentro dela. Estava aprendendo a sambar, e sua mestre, a outra, de cabelos lisos e franjinha cacheada, sambava mais com os seios que com os pés. Nunca vi nada igual. Foi engraçado. Mais engraçado foi ver o quanto elas se divertiam e o quanto eu me afundava num copo de água mineral com limão e gelo, apunhalada pela solidão. Queria eu também me atolar num jeans branco e dançar até sentir os pés sangrarem. E olhar para a cara das meninas de 24, escandalizadas com o atrevimento e que enchem a cara de água mineral, e mandar elas tomaremnocu.