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15 julho 2005

Coluna do Abnegadus

"Na Sala de Espera"

Momentos de angústia antecipam o desconhecido
Aquilo que não se pode tocar, ver, controlar;
O Coração prestes a saltar pelo portal da subsistência
O estômago frenético como uma escola de samba
Mas ninguém me vê, ninguém me ajuda;
estão enterrados em suas revistas e jornais.
Letras sem sentido, musica sem melodia;
Deveras, nem mesmo eu sei o que me espera...
Céu ou Inferno? Paraíso ou Tormento? Anjos ou Demônios atrás daquela
enorme porta?
Se soubesse que morreria nos próximos 15 minutos
O desespero seria motivado e o suicídio, justificado.
Cada minuto é o primeiro, cada segundo o último
O tempo não para e, sem cuidado, me força ao obscuro, nos escurrala
contra o nada;
Como pensar??? As idéias saem acompanhando minhas secreções nasais.
"Escarra na boca que te beija"??? infame e cruel
"Saudades da terra onde nas palmeiras cantam os sabiás"??? Débeis
Nada é tão grotesco quanto esperar, porque a espera é morrer
Morrer sem ideais, morrer sem idéias. Morrer!
Não quero morrer. Hei de ainda viver??? Mas para que viver???
Afasto a idéia da minha morte, mas o sopro de vida, nestes últimos momentos,
em mim não está. O ar entra em meus pulmões como navalhas.
São meus últimos momentos antes dos próximos.
Angustias. Singelas, sutis. Sufocantes Angústias.

By Abnegadus