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03 junho 2005

Ainda pensando em merda

....Faz parte do ser humano cagar. Ir aos pés para os mais pomposos. Ou passar um fax para os engraçadinhos. Poucos falam em cocô, a não ser como metáfora, mas o fato é que, como o peido, todo mundo faz. “Soltar um barrinho”, apesar de parecer repugnante, é um ato de amor. Pensem que maravilha o que deus nos deu: grande parte das toxinas ingeridas saem pelo cu. Isso é lindo.

....Tenho amigos que adoram se exibir. Soube de um, que em certa feita, após ter feito uma verdadeira obra de arte geométrica com a merda (o que consta é que a mesma estava disposta em filetes) chamou outro amigo para apreciar. O fato rendeu muitas gargalhadas e constrangimento por parte do artista.

....Ontem, uma colega de teatro contou que seu marido costuma dizer que ela não caga mas sim, faz bombons. Que nojo! O amor é mais nojento que a merda, vou te contar. Fazer bombons...oras. Vamos nos respeitar.

....Mas enfim, a merda é mais uma prova do quanto somos estranhos. Não dá para não reparar no quanto ela é feia, disforme, assustadora e é claro, fedida. Fora a incompreensível instabilidade dela. Uma cagada nunca é igual a outra. Merda é como personalidade: podemos ter uma tendência, mas a capacidade de adaptação faz com que sejamos vulneráveis a constantes alterações. Enfim, a merda talvez seja o reflexo de nossa essência mutável e por isso ela é linda. Comparável ao amor.