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17 novembro 2004

Imutabilidades (que título idiota)

....E se existir mesmo uma razão? Esse pensamento é sacana. E se existir mesmo um destino imutável que mutila nossas tentativas de desvios? É possível. Um personagem de Érico Veríssimo diria: é possível mas não provável. Nem lembro. Sou péssima de memória. E de outras coisas. E de vida. Mas se não houver razão não faz sentido. E se houver é muito triste. Resta saber o que é melhor: se é ser triste ou ser sem sentido. Não é só assim. É de milhares de jeitos e quanto mais jeitos tem de se ser, mais gente tem confusa. Somos de um jeito tão estranho que queríamos ser de outro. Falo na primeira pessoa do plural porque a primeira do singular tem um dedo indicador enorme apertando minha moleira. O tempo todo. Para ser cool, all the time. Para ser comumo tempo e o todo.

....Um destino imutável: isso facilitaria o troco. Sofreríamos (1ª pessoa do plural) menos. Trabalharíamos (1ª pessoa do plural) menos. E sobraria uns vinténs para gastar com bobagens como sorvete seco. Aqueles que vêm como anel de resina junto. Nem tão bobagens. Poderíamos (1ª pessoa do plural) comprar um óculos mágico e ver as pessoas pela virtude maior. E qual seria a minha? E a tua? Ai minha moleira. Acho que não é uma boa idéia pensar em virtude maior, não teríamos (1ª pessoa do plural) grande coisa para mostrar. Até porque de boas intenções o inferno está cheio. Ao menos é o que um dia me disseram. Deixa a moleira descansar sinhá.