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04 outubro 2004

A escolhida

....Entre centenas de outros eleitores da 117ª sessão eleitoral de Lajeado, fui eu a escolhida para a ser mesária (a 1ª, ok?) neste domingo. Ahahahaha, descrevendo assim até parece que é uma promoção. Poisé, sorte ainda maior trabalhar no domingo com gripe. Poderia ganhar o prêmio "Mérito ao Cidadão" por isso. Estava a Malvada, com um blusão e uma jaqueta, num calor de 25 graus. Tossindo e colocando gotas descongestionantes nas narinas de 5 em 5 minutos. Às vezes penso que a melhor droga que existe no mundo são os descongestionantes...não poder respirar pelo nariz me deixa acabada.

...Nem ao menos o vale de 12 reais para almoçar pude aproveitar, uma vez que só conseguia sentir o salgado e o doce, nada mais. E o pior é que me servi coisas que pela cara estavam muito saborosas...uff. Mas deu para dar boas risadas. Os fiscais de partido são um porre, chatos, desconfiados e neuróticos. Tinha um na nossa sessão que nos deixou possessos. Porque deixamos uma criança de 4 anos ir votar junto com a mãe, ele chamou a “delegada do partido”, que já chegou berrando que era advogada. Ridícula, ela acha que por que é advogada é melhor ou tem mais direitos que os outros? E ainda por cima veio travestida de Priscila, a Rainha do Deserto. O Abnegadus que me desculpe, mas dá para reconhecer uma aluna de direito de longe....só pelos modelitos extravagantes que usam...claro que não são todas, mas uma boa parte. E a delegada do tal partido parecia estar pronta para entrar na Sapucaí.

....Na hora de emitir o Boletim final, veio um outro fiscal, por sinal também aluno de direito na Univas. Ele parece com o Leôncio, aquele personagem de desenho animado, um leão marinho. O cara, além de ser chato, é um pobre coitado e não pode ser mais arrogante. Queria retirar o boletim que deve ficar fixado no local. A anta não chegou a tempo e ficou sem o seu, ameaçando processar a sessão por não ter emitido um a mais para ele. Ahahaha, ele completou o fiasco.

....E eu que tinha todos os motivos para estar brava, só conseguia dar risadas. Ainda mais quando os candidatos passavam estendendo a mão e agradecendo o nosso trabalho. Como se não estivéssemos ali por pura obrigação. A gente vê cada coisa bizarra, cada fiscal ignorante, que acha que pode expulsar eleitor que está vestindo a camiseta do partido, ou que acha que uma criança de 4 anos vai influenciar o voto de sua mãe. Uff, pelo menos agora tenho dois dias para tirar de folga! Oh maravilha!